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Fórum Social Mundial 2022 

Saiba como foi a participação do Projeto Sementes de Proteção

O Fórum Social Mundial (FSM) comemorou 20 anos de existência em uma edição na Cidade do México. O evento aconteceu entre os dias 01 e 06 de maio, reuniu representantes de movimentos sociais, redes, organizações da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e à dominação do mundo pelo capital e qualquer forma de imperialismo. Na tarde da quarta-feira, o coordenador do Projeto Sementes de Proteção, Paulo Carbonari, apresentou o trabalho de defesa de defensoras e defensores dos Direitos Humanos que a iniciativa vem realizando no Brasil. 

Na ocasião, a importância de proteger defensoras e defensores dos direitos humanos que atuam nas organizações e movimentos sociais, agentes das lutas populares, foi ressaltada não como algo novo, mas como uma herança ancestral – uma vez que, desde sempre, a humanidade precisou enfrentar exclusões e precisou desenvolver estratégias de proteção e de resistência. Por isso mesmo, o desafio é, acima de tudo, se reencontrar com essa longa trajetória de práticas populares. 

Outro ponto levantado durante o evento foi o contexto brasileiro de perseguição, criminalização e violência política que ameaça o trabalho das iniciativas de defesa dos Direitos Humanos. Nesse sentido, contar com o intercâmbio de experiências com outros coletivos é, além de uma necessidade, um sinal de esperança para consolidar um projeto diverso de salvaguarda da democracia, um trabalho coletivo que depende da união de todas e todos. 

A edição do FSM 2022 também foi marcada por um caso de violência transfóbica contra Keila Simpson, diretora da Abong e presidentra da ANTRA, que foi deportada da Cidade do México. Uma delegação com membros do Projeto Sementes e da Abong, se reuniu com autoridades mexicanas, bem como com a Comissão de Direitos Humanos do México, exigindo uma retratação do país e denunciando como os Estados, mesmo administrados por governos progressistas, não estão preparados para acolherem corpos dissonantes e ativistas. 

diretora da Abong, Keila Simpson, que foi deportada do país em uma clara demonstração de transfobia e agressividade perante ativistas internacionais.

Neste sentido, junto a organizações do movimento trans no México, a organizações palestinas e curdas, realizamos um importante debate durante o FSM, chamando a atenção para as diversas maneiras de agressão dos Estados aos militantes e ativistas, entendendo no internacionalismo uma importante ferramenta de combate e denúncia às violações perpetradas pelos Estados nacionais. Internacionalizar nossas lutas é internacionalizar nossa esperança de um novo mundo possível, que acolha todos os corpos, cores e nacionalidades!

Confira mais imagens do Projeto Sementes de Proteção no FSM:

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